Judeus em Portugal
A conquista da Lusitânia pelo Império Romano e a posterior destruição de Jerusalém em 70 d.C., que obrigou os judeus a se dispersarem pelo mundo, fez com que um grande continente de hebreus buscasse um novo lar na Península Ibérica (ou fossem deportados, como ocorreu no tempo do imperador Adriano).Embora não se saiba exatamente quando se iniciou tal movimento migratório, a presença de judeus no território que futuramente constituiria Portugal pode ser comprovado a partir do século VI d.C., pela descoberta de inscriçoes funerarias na freguesia de Lagos da Beira.
Mas como o advento do Cristianismo, leis discriminatórias contra os judeus começaram a ser aprovados- Primeiro pelos Romanos e depois pelos Bárbaros Visigodos que invadiram a península em 409 d. C.. Entre outras coisas, foram proibidos os casamentos mistos entre judeus e cristão e até mesmo instituída uma convenção forçada ao cristianismo ( a qual não parece ter surtido grande efeito, visto que outras convenções em massa foram realizadas ao longo da Historia).
Em 711 d.C., tropas mouras invadem a Península Ibérica e derrotam os visigodos. Os mouros foram encarados como libertadores pelos judeus, uma visão até certo ponto correta, visto que cristãos, judeus e sabeus (uma categoria nebulosa que incluía os hindus, por exemplo), eram incluídos pelos muçulmanos no grupo dos "Povos do Livro" (Bíblia, Torá etc).
Da expulsão ao Pogrom de Lisboa
Com a ascensão de Dom Manuel I ao trono português, em 1495 anunciou o casamento com a princesa Isabel da Espanha colocando os judeus novamente em clima de tensão pois avia um contrato de casamento que incluía uma cláusula que exigia a expulsão dos hereges ( Mouros e Judeus) do território português. O rei tentou fazer com que a princesa reconsiderasse (já que precisava dos capitais e do conhecimento técnico dos judeus para o seu projeto de desenvolvimento de Portugal), mais foi tudo em vão. O rei permitiu que optasse pela conversão ou desterro, esperando assim que muitos se batizassem, ainda que apenas “pro forma”.
Os judeus, no entanto, não se deixaram convencer e em grande maioria resolveram abandonar o país. O rei, ao ver ir por terra sua estratégia, manda então fechar todos os portos de Portugal para impedir a fuga – menos o porto de Lisboa.
Foi ali que se concentrou cerca de 20 mil judeus, que esperavam transporte para abandonar o país. Em Abril de 1947, o rei manda seqüestrar as crianças judaicas menores de 14 anos, para serem criadas por famílias cristãs, o que foi feito com grande violência. Em Outubro de 1497, os que ainda assim resistiram a conversão, foram arrastados à pia batismal pelo povo, incitado por clérigos fanáticos e com a complacência das forças da ordem.
Foram desses batismos em massa e à força que surgiram os marranos, ou cripto-judeus, que praticavam o judaísmo em segredo mas professavam publicamente a fé católica. Os "cristãos novos" nunca foram realmente bem aceitos pela população "cristã velha", que desconfiava da sinceridade da fé dos conversos. Essa desconfiança evoluiu para a violência explícita em 1506, quando ocorreu o Pogrom de Lisboa. A peste grassava na cidade desde Janeiro, fazendo dezenas de vítimas por dia, e em Abril, insuflados por clérigos fanáticos que culpavam os "cristãos novos" pela calamidade, o populacho investiu contra eles, matando mais de dois mil deles, entre homens, mulheres e crianças.
O Judeu Espanhol
A situação na Espanha a partir de meados do século XIV já prenunciava o destino que esperava os judeus portugueses. Em Toledo, em 1355, 12 mil judeus morreram vítimas de perseguição religiosa; o número atingiu 50 mil em Palma de Mallorca, em 1391. Com o início das operações da Inquisição em 1478, o temor se espalhou entre os judeus da Espanha. Temendo pela própria sorte, milhares se converteram ao catolicismo, enquanto outro tanto buscou refúgio em Portugal. O volume de refugiados aumentou dramaticamente quando em 1492 foi decretada a expulsão dos judeus da Espanha.
O judeu-espanhol ou ladino é uma língua semelhante ao castelhano. Estima-se que ainda é falado por cerca de 150 mil indivíduos em comunidades sefarditas em Israel, nos Balcãs, Oriente Próximo e norte de Marrocos; também é conhecida como espanhol sefardita e judeoespanhol (el judesmo).
Língua extinta da Península Ibérica. No passado, quando havia grandes comunidades judaicas nas cidades de Portugal e de Espanha, foi a língua usada pelos judeus desses países: uma mistura de palavras hebraicas de seu dia a dia com a língua da região onde habitavam, que podia ser o castelhano, o português, o árabe ou até mesmo o catalão. Não era um idioma muito diferente do falar de seus vizinhos cristãos ou muçulmanos.
Judaísmo na atualidade
Na maior parte das nações ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido, Israel e a África do Sul, muitos judeus secularizados deixaram há muitotempo de participar nos deveres religiosos. Muitos deles lembram-se de ter tido avôs religiosos, mas cresceram em lares onde a educação e observância judaicas já não eram uma prioridade. Desenvolveram sentimentos ambivalentes no que toca aos seus deveres religiosos. Por um lado, tendem a agarrar-se às suas tradições por razões de identidade, mas por outro lado, as influências da mentalidade ocidental, vida cotidiana e pressões sociais tendem a afastá-los do judaísmo.
Alguns Tipos de Cronologia
Era bíblica
- Séculos XX -XVII a.C. - Primeira emigração dos hebreus para Canaã. Os Patriarcas bíblicos.
- Séculos XVII-XIII a.C.- Israelitas no Egito.
- Séculos XIII-XII a.C. - O Êxodo e a ocupação da Palestina .
- Séculos XII-XI a.C. - Época dos juízes.
- 1067 -1055 a.C. - Reinado de Saul.
- 1055 -1015 a.C. - Reinado de Davi.
- 1015-977 a.C. - Reinado de Salomão.
- 977-830 a.C. - Cisma entre Judá e Israel.
- 722 a.C. - Fim do reino de Israel.
- 586 a.C. - Destruição de Jerusalém.
- 537 a.C. - Ciro permite o retorno dos judeus à Judéia.
- 520-516 a.C. - Reconstrução do Templo em Jerusalém.
Era talmúdica
- 332 a.C. -Alexandre Magno conquista a Judéia.
- 320-198 a.C. - Domínio Ptolomeu.
- 198-167 a.C. - Domínio selêucida.
- 167 a.C. - Revolução dos macabeus.
- 140 a.C. - A Judéia conquista a independência.
- 63 a.C. - Pompeu conquista Jerusalém.
- Século I d.C. - Início e expansão do Cristianismo .
- 6-40 d.C. - Procuradores romanos na Judéia.
- 66-73 -Primeira revolta judaica .Destruição de Jerusalém.
- 70- Fundação da Academia de Iavne.
- 115-117 - Segunda revolta judaica. Guerra de Kitos
- 132-135 - Terceira revolta judaica. Revolta de Bar Kokhba
- 200 - Redação da Mishná.
- 500 - Término da redação do Talmud da Babilônia.
Era medieval
- 624-628- Guerra de Maomé contra os judeus da Arábia.
- 760-Expansão do Caraísmo.
- Séculos VII-X - Época dos gaons na Babilônia.
- 882-942- Gaon Saadia.
- Século XI - Florescimento da cultura judaica na Espanha.
- 1066 - Massacre dos judeus em Granada.
- 1096 - Primeira Cruzada.
- 1040-1105 - Rashi
- Séculos XII-XV - Expulsão da Alemanha e emigração para a Europa Oriental.
- 1135-1205- Maimónides.
- 1290- Expulsão dos judeus da Inglaterra.
- 1306-1394- Expulsão dos judeus da França.
- 1348- A Peste Negra.
- 1391 - Massacre dos judeus na Espanha.
- 1492 - Expulsão dos judeus da Espanha.
- 1498 Expulsão dos judeus de Portugal.
- 1506 Massacre de cristãos-novos em Portugal.
Era moderna
- 1488-1575 - José Caro.
- 1524-1532- Movimento messiãnico de David Al-Roy e Salomão Molcho.
- 1534-1572- Isaac Luria.
- 1632-1677- Spinoza.
- 1649-1656 - O retorno dos judeus para a Inglaterra.
- 1666-Movimento messiânico de Sabatai Zevi.
- 1787-Emancipação na América.
Era contemporânea
- 1791- Emancipação na França.
- 1806- 1807 -Reformas de Napoleão.
- 1894- 1906 - Processo Dreyfus na França.
- 1897- Primeiro Congresso Sionista.Primeira convenção do Bund.
- 1917- Igualdade de direitos dos judeus na Rússia.
- 1917-Declaração Balfour.
- 1925- Fundação da Universidade Hebraica em Jerusalém.
- 1935- Leis de Nuremberg.
- 1939- Segunda guerra mundial.
- 1948- Criação do Estado de Israel.Primeira guerra árabe-israelense.
- 1961- Seqüestro e condenação do oficial nazista Adolph Eichman.
Abaixo uma canção medieval judeu-espanhola:
"Avre este abajur, bijuavre la tu ventana
por ver tu kara morena
al Dió daré mi alma.
Por la puerta io pasi
y la topi cerrada;
la iavedura yo besi
como besar tu cara.
No quiero más que me avlesh
ni por mi puerta pasesh;
más antes me keríash bien
angora te ielatesh.
Si tú de mí te olvidarásh,
tu ermozura piedrarásh.
Ningún ninyo te endenyará
en los mis brazos muerash."
Nota-se na mesma a característica alusão sefardita à divindade, Dió em lugar de Dios, como uma forma gramaticalmente enfática, ainda que ingênua, de atribuir a unicidade absoluta a Deus.
Essas caracteristicas se seguiu a inviolavel tradiçao de se escrever o judeu-espanhol com um tipo de alfabeto hebreu (caracteristicas rashi) até o seculo XIX e incorporaram á escrita o alfabeto latino, fazendo o uso dos principios de correspondencia de som-letra baseados na pratica ortografica francesa. E logo no inicio do seculo XX manteve-se a publicaçao em judeu-espanhol de livros, revistas e jornais, mais na atualidade estas tradiçoes já desapareceu quase por completo.
Sobrenomes Sefarditas
1 – INTRODUÇÃO
Os Sefarditas (do hebraico Sefardim, no singular Sefardi) são todos os Judeus provenientes da Península Ibérica (Sefarad). Tais Povos por muitos séculos foram perseguidos durante o período da Inquisição Católica. E por este motivo, fugiram para países como Holanda e Reino Unido; além dos países do Norte da África e da América como: Brasil, Argentina, México e EUA; e desse modo, tiveram que seguir suas tradições secretamente ou até mesmo abrir mãos das Tradições do Judaísmo, tudo em busca da sobrevivência. Sendo que alguns ainda tiveram que se converter forçadamente ao Cristianismo Católico.
2 – CONTEXTO HISTÓRICO
Ao longo da História o Judaísmo sofreu inúmeras perseguições por parte de seus opositores, dos tais destacam-se os Romanos, Católicos e Nazistas. Nestas condições, muitos Judeus perderam suas identidades culturais, e assim, várias gerações surgiram sem o contato explicito com as Tradições do Judaísmo, seja ele Ortodoxo ou Messiânico.
De fato, tudo isso iniciou com a segunda Diáspora, onde o General Tito, filho do Imperador Vespasiano, sufocou a primeira rebelião no ano de 70 d.C. (tendo ela sido iniciada em 66 d.C.), o que culminou na destruição do Templo e na morte de quase 1 milhão de Judeus. Sendo que a Diáspora só se concretizou após a segunda revolta dos Judeus, iniciada em 132 d.C. e dissolvida pelo Imperador romano Adriano em 135 d.C. E assim, proibidos de entrarem em Jerusalém e sendo eles expulsos da Palestina (região da Judéia), os Judeus se espalharam pelo Mundo.
Aos poucos a Europa foi sendo habitada por Judeus refugiados da ira romana, principalmente na região da Península Ibérica. Tempos depois, os Judeus novamente passaram a ser vítimas de perseguições, desta vez, promovidas pela Igreja Católica Apostólica Romana; que instaurou a fogueira da Inquisição. Assim, um dos crimes alegados pela Igreja, era o “crime de Judaísmo”. Em que o indivíduo era proibido de exercer sua judaicidade.
Neste caso, a partir da feroz Inquisição espanhola de 1478 até 1834, em que Judeus e inúmeros outros indivíduos, foram julgados por possíveis atos contra os preceitos da Igreja. Sendo que os Judeus foram expulsos da Espanha no ano de 1492.
Perseguidos e desamparados, os Judeus espanhóis tiveram que se refugiar em Portugal. Estando lá, foram feitos escravos, embora conquistassem a liberdade em 1495, beneficiados com a Lei promulgada por D. Manoel ao subir ao trono. Mas em 1496, assinou um acordo que expulsaria todos os Judeus Sefarditas (ou Marranos) que não se sujeitassem ao batismo Católico. Sendo que no ano seguinte, as crianças Judias de até 14 anos foram obrigadas a se batizarem e em seguida adotadas por famílias Católicas.
Com a descoberta das terras brasileiras em 1500, pela a esquadra de Cabral, a sorte de muitos Judeus mudaria. Pois em 1503, o Judeu Fernando de Noronha com uma considerável lista de Judeus, apresenta o projeto de Colonização a D. Manoel. Porém, o Povo Judeu ainda passaria por mais um triste episódio, quando em 1506, milhares de Judeus foram mortos e queimados pelo Progon da capital portuguesa. Além de tais Judeus (Cristãos Novos) terem presenciado o contraditório D. Manoel estabelecer a lei que dava os liberdade e os mesmos direitos dos Católicos, em 01 de março de 1507. O mesmo D. Manoel que em 1515 solicita ao papa um sistema de Inquisição semelho semelnatede Inquisiçita ao papaqueimados triste ep por famSefarditas (ou Marranos)ante ao espanhol.
E desse modo, a solução para estes Judeus Marranos, foram a de aderirem ao movimento de Colonização do Brasil, quando em 1516, D. Manoel distribui ferramentas gratuitamente a quem quisesse tentar a vida na Colônia.
Em 1524, D. João III confirma a Lei de D. Manoel (de 1507), que consolida a lei de direitos iguais aos convertidos à força. No ano de 1531, Martin Afonso de Souza (aluno do Judeu Pedro Nunes), recebe de D. João III a autorização de colonizar o Brasil sistematicamente. Em que 1533, o mesmo funda o primeiro engenho no Brasil.
Durante um bom tempo, os Judeus passaram por inúmeras revira-voltas quanto a benefícios, confiscos e até mesmo mortes. Porém, os mesmos gozaram de plena liberdade religiosa durante o domínio holandês de 1637 a 1644 (na gestão de Maurício de Nassau), quando fundaram a primeira sinagoga no Brasil, a Zur Israel. Mas, com a retomada portuguesa em 1654, os Judeus foram de fato expulsos e alguns migraram para outros países.
No período de 1770 a 1824, os Judeus passam por mais uma fase de aceitação; sendo que em 25 de maio de 1773, é estabelecida a abolição dos termos Cristãos Novos (Judeus) e Cristãos Velhos (Católicos), passando todos a terem os mesmos benefícios e sem distinções.
A partir de 1824, o movimento tais Judeus (Sefarditas ou Marranos), passa por um período de “assimilação profunda”, isto é, inicia-se uma fase de parcial esquecimento de suas Tradições, devido a séculos de repressão e pelo contato direto e extensivo com uma cultura etnocêntrica, que mesmo os aceitando perante as leis, tratavam-os com desprezo e repressão. A solução mesmo, partiu do pressuposto do esquecimento e sectarismo, o que permitiu com que várias gerações crescessem sem ter uma real noção de suas legitimas raízes.
Desse modo, estima-se que no Brasil, vivam cerca de um décimo (1/10) ou até mesmo 35 milhões de Judeus Sefarditas, entre eles os Judeus Asquenazitas (provinientes da Europa Central e Oriental).
Assim, segue-se abaixo uma lista com os principais sobrenomes Sefarditas habitantes da Peninsula Ibérica, e no decorrer do continente Americano, a exemplo do Brasil:
2.1 – Sobrenomes Judaico-Sefarditas oriundos das regiões portuguesas de Alentejo, Beira-Baixa e Trás-os-Montes:
Amorim; Azevedo; Álvares; Avelar; Almeida; Barros; Basto; Belmonte; Bravo; Cáceres; Caetano; Campos; Carneiro; Carvalho; Crespo; Cruz; Dias; Duarte; Elias; Estrela; Ferreira; Franco; Gaiola; Gonçalves; Guerreiro; Henriques; Josué; Leão; Lemos; Lobo; Lombroso; Lopes; Lousada; Macias; Machado; Martins; Mascarenhas; Mattos; Meira; Mello e Canto; Mendes da Costa; Miranda; Montesino; Morão; Moreno; Morões; Mota; Moucada; Negro; Nunes; Oliveira; Ozório; Paiva; Pardo; Pilão; Pina; Pinto; Pessoa; Preto; Pizzarro; Ribeiro; Robles; Rodrigues; Rosa; Salvador; Souza; Torres; Vaz; Viana e Vargas.
2.2 – Sobrenomes de famílias Judaico-Sefarditas na Diáspora para Holanda, Reino Unido e Américas:
Abrantes; Aguilar; Andrade; Brandão; Brito; Bueno; Cardoso; Carvalho; Castro; Costa; Coutinho; Dourado; Fonseca; Furtado; Gomes; Gouveia; Granjo; Henriques; Lara; Marques; Melo e Prado; Mesquita; Mendes; Neto; Nunes; Pereira; Pinheiro; Rodrigues; Rosa; Sarmento; Silva; Soares; Teixeira e Teles.
2.3 – Sobrenomes judaico-Sefarditas na América Latina:
Almeida; Avelar; Bravo; Carvajal; Crespo; Duarte; Ferreira; Franco; Gato; Gonçalves; Guerreiro; Léon; Leão; Lopes; Leiria; Lobo; Lousada; Machorro; Martins; Montesino; Moreno; Mota; Macias; Miranda; Oliveira; Osório; Pardo; Pina; Pinto; Pimentel; Pizzarro; Querido; Rei; Ribeiro; Robles; Salvador; Solva; Torres e Viana.
2.4 – Principais exemplos de Sobrenomes extraídos do Dicionário Sefarad:
A – Abreu; Abrunhosa; Affonseca; Affonso; Aguiar; Ayres; Alam; Alberto; Albuquerque; Alfaro; Almeida; Alonso; Alvade; Alvarado; Alvarenga; Álvares/Alvarez; Alvelos; Alveres; Alves; Alvim; Alvorada; Alvres; Amado; Amaral; Andrada; Andrade; Anta; Antonio; Antunes; Araújo; Arrabaca; Arroyo; Arroja; Aspalhão; Assumção; Athayde; Ávila; Avis; Azeda; Azeitado; Azeredo; Azevedo; B – Bacelar; Balão; Balboa; Balieyro; Baltiero; Bandes; Baptista; Barata; Barbalha; Barboza/Barbosa; Bareda; Barrajas; Barreira; Baretta; Baretto; Barros; Bastos; Bautista; Beirão; Belinque; Belmonte; Bello; Bentes; Bernal; Bernardes; Bezzera; Bicudo; Bispo; Bivar; Boccoro; Boned; Bonsucesso; Borges; Borralho; Botelho; Bragança; Brandão; Bravo; Brites; Brito; Brum; Bueno; Bulhão; C – Cabaço; Cabral; Cabreira; Cáceres; Caetano; Calassa; Caldas; Caldeira; Caldeyrão; Callado; Camacho; Câmara; Camejo; Caminha; Campo; Campos; Candeas; Capote; Cárceres; Cardozo/Cardoso; Carlos; Carneiro; Carranca; Carnide; Carreira; Carrilho; Carrollo; Carvalho; Casado; Casqueiro; Casseres; Castenheda; Castanho; Castelo; Castelo Branco; Castelhano; Castilho; Castro; Cazado; Cazales; Ceya; Céspedes; Chacla; Chacon; Chaves; Chito; Cid; Cobilhos; Coche; Coelho; Collaco; Contreiras; Cordeiro; Corgenaga; Coronel; Correa; Cortez; Corujo; Costa; Coutinho; Couto; Covilha; Crasto; Cruz; Cunha; D – Damas; Daniel; Datto; Delgado; Devet; Diamante; Dias; Diniz; Dionísio; Dique; Doria; Dorta; Dourado; Drago; Duarte; Duraes; E – Eliate; Escobar; Espadilha; Espinhosa; Espinoza; Esteves; Évora; F – Faísca; Falcão; Faria; Farinha; Faro; Farto; Fatexa; Febos; Feijão; Feijó; Fernandes; Ferrão; Ferraz; Ferreira; Ferro; Fialho; Fidalgo; Figueira; Figueiredo; Figueiro; Figueiroa; Flores; Fogaca; Fonseca; Fontes; Forro; Fraga; Fragozo; Franca; Francês; Francisco; Franco; Freire; Freitas; Froes/Frois; Furtado; G – Gabriel; Gago; Galante; Galego; Galeno; Gallo; Galvão; Gama; Gamboa; Gancoso; Ganso; Garcia; Gasto; Gavilao; Gil; Godinho; Godins; Góes; Gomes; Gonçalves; Gouvêa; Gracia; Gradis; Gramacho; Guadalupe; Guedes; Gueybara; Gueiros; Guerra; Guerreiro; Gusmão; Guterres; H – Henriques; Homem; I – Idanha; Iscol; Isidro; J – Jordão; Jorge; Jubim; Julião; L – Lafaia; Lago; Laguna; Lamy; Lara; Lassa; Leal; Leão; Ledesma; Leitão; Leite; Lemos; Lima; Liz; Lobo; Lopes; Loução; Loureiro; Lourenço; Louzada; Lucena; Luiz; Luna; Luzarte; M –Macedo; Machado; Machuca; Madeira; Madureira; Magalhães; Maia; Maioral; Maj; Maldonado; Malheiro; Manem; Manganês; Manhanas; Manoel; Manzona; Marca; Marques; Martins; Mascarenhas; Mattos; Matoso; Medalha; Medeiros; Medina; Melão; Mello; Mendanha; Mendes; Mendonça; Menezes; Mesquita; Mezas; Milão; Miles; Miranda; Moeda; Mogadouro; Mogo; Molina; Monforte; Monguinho; Moniz; Monsanto; Montearroyo; Monteiro; Montes; Montezinhos; Moraes; Morales; Morão; Morato; Moreas; Moreira; Moreno; Motta; Moura; Mouzinho; Munhoz; N – Nabo; Nagera; Navarro; Negrão; Neves; Nicolao; Nobre; Nogueira; Noronha; Novaes; Nunes; O – Oliva; Olivares; Oliveira; Oróbio; P – Pacham/Pachão/Paixão; Pacheco; Paes; Paiva; Palancho; Palhano; Pantoja; Pardo; Paredes; Parra; Páscoa; Passos; Paz; Pedrozo; Pegado; Peinado; Penalvo; Penha; Penso; Penteado; Peralta; Perdigão; Pereira; Peres; Pessoa; Pestana; Picanço; Pilar; Pimentel; Pina; Pineda; Pinhão; Pinheiro; Pinto; Pires; Pisco; Pissarro; Piteyra; Pizarro; Pombeiro; Ponte; Porto; Pouzado; Prado; Preto; Proença; Q – Quadros; Quaresma; Queiroz; Quental; R – Rabelo; Rabocha; Raphael; Ramalho; Ramires; Ramos; Rangel; Raposo; Rasquete; Rebello; Rego; Reis; Rezende; Ribeiro; Rios; Robles; Rocha; Rodriguez; Roldão; Romão; Romeiro; Rosário; Rosa; Rosas; Rozado; Ruivo; Ruiz; S – Sá; Salvador; Samora; Sampaio; Samuda; Sanches; Sandoval; Santarém; Santiago; Santos; Saraiva; Sarilho; Saro; Sarzedas; Seixas; Sena; Semedo; Sequeira; Seralvo; Serpa; Serqueira; Serra; Serrano; Serrão; Serveira; Silva; Silveira; Simão; Simões; Soares; Siqueira; Sodenha; Sodré; Soeyro; Sueyro; Soeiro; Sola; Solis; Sondo; Soutto; Souza; T – Tagarro; Tareu; Tavares; Taveira; Teixeira; Telles; Thomas; Toloza; Torres; Torrones; Tota; Tourinho; Tovar; Trigillos; Trigueiros; Tridade; U – Uchoa; V – Valladolid; Vale; Valle; Valença; Valente; Vareda; Vargas; Vasconcellos; Vasques; Vaz; Veiga; Veyga; Velasco; Vélez; Vellez; Velho; Veloso; Vergueiro; Viana; Vicente; Viegas; Vieyra; Viera; Vigo; Vilhalva; Vilhegas; Vilhena; Villa; Villalao; Villa-Lobos; Villanova; Villar; Villa Real; Villella; Vilela; Vizeu; X – Xavier; Ximinez; Z – Zuriaga.
Desse modo, vemos claramente que os Judeus fazem parte de uma enorme frente de formação da Península Ibérica, Norte da África e América. O que nos coloca em contato direto com um contexto cripto-judaico.
2.5 – Como confirmar a descendência judaica?
Evidentemente que, nem sempre aqui no Brasil, ter o sobrenome judaico lhe dá a condição de Judeu descendente. Pois, havemos de concordar, que o país passou por inúmeros casos concernentes a erros de sobrenomes, no que diz respeito a grandes falhas nos cartórios responsáveis pelo registro de nomes e sobrenomes.
Assim, a melhor opção para quem se identifica com um sobrenome Judeu, é observar os seguintes fatores:
• Os casamentos entre familiares (pois era uma forma de manter os bens entre as famílias judias e os pontos de vista em comum);
• Tradições de cunho ligado à cultura hebraica em relação ao Cristianismo (considerando que o Cristianismo para esses era seguido por aparências, pois ambos foram convertidos forçadamente à religião Cristã Católica);
• E por último, o levantamento histórico-genealógico (para confirmar se houve ou não alterações nos sobrenomes ao longo das gerações).
Portanto, fica evidente a existência de uma grandiosa cripto-Comunidade Judaica na Península Ibérica (Portugal e Espanha), assim como nos países do continente americano (a exemplo do Brasil) e africano. E com isso, percebemos o quanto à segregação e o etnocentrismo promovem a destruição de princípios, gerando um “câncer” na liberdade individual e conjunta, como também, na tradição religiosa. O que aglutina ainda mais a odiosidade entre as Religiões e os Povos, que se distanciam ainda mais de possíveis e saudáveis diálogos baseados no bom senso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS DESCENDENTES DE JUDEUS DA INQUISIÇÃO.
CRUZ, Carla & RIBEIRO, Uirá. Metodologia cientifica: teoria e prática. 2ª ed. Rio de Janeiro: Axcel Books do Brasil, 2004.
LAMECH144. Judeus Anussins
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